quarta-feira, 4 de novembro de 2009

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Há 22 anos atrás

Omelete –Vivendo na Idade da Pedra um curta-metragem tão de vanguarda, que vamo guarda.



Há 22 anos atrás

Em meados dos anos dois mil, os Atualistas - O despertar de uma geração, por vários motivos levaram uma série de artistas a envolver-se ativamente na sociedade. O primeiro vídeo dos Atualistas – Omelete, Vivendo na Idade da Pedra, lançaram ao mundo do audiovisual um apelo, não entendível, sobre o mundo dos pedreiros (viciados em crack).
Numa linguagem que nem chocava, nem provocava, simplesmente num processo de arte pela arte, o filme demonstrava a surrealidade do mundo das drogas. As pessoas se indagavam, e, portanto refletiam. O Omelete é um clipe? É um vídeo? É um filme? É uma loucura. Exatamente como o mundo dos viciados em Crack.
Sem apelos, os Atualistas proclamaram o surreal, o mundo da imaginação, como uma possível solução para o caos vigente naquela época. Declararam uma jornada de fatos sincronicamente destituídos de razão e ordem, exatamente como aquela época. Só os jovens fumando crack, numa bomba de chimarrão, já assustaria os mais conservadores. As manchetes de jornais estampadas na parede. Um esqueleto de TV servindo como privada. O simbolismo da omelete, do ovo. O alimento do povo. Donde eclodiu uma forma de arte mais atuante. Ocupada em passar conteúdo para reflexões embutido em entretenimento.
Aquele caos era o momento exato para o surgimento dos Atualistas. Com suas possíveis soluções, que antes só existiam na imaginação dos poetas e sonhadores, provocaram uma virada delirante e lírica no mais profundo desejo humano. Este sendo o de viver em paz e amar conjuntamente. É, a inquietude transpôs-se e transgrediu aquele momento caótico. Vivemos a maioria em paz hoje, em plenos anos 20, graças a nossa retomada de consciência e a nossa conseqüente evolução enquanto sociedade, a partir daquele momento. O mérito é nosso, da humanidade. Pois o que é atuante na atualidade é eterno como o amor.
Matéria publicada em jornal, no ano de 2025.